sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estar...apenas estar...

Quando a vida não é mais do que, simplesmente, vida....
Quando não há nada que nos faça chorar...nem rir!
Quando estamos numa planície, não há montanhas nem buracos!
De repente temos tudo apagado.
Pensamos que temos assuntos a resolver, mas na verdade tudo está resolvido. Ou então nao havia nada por resolver.
Será que esta sensação chega? Será que preenche?
Será que é esta a felicidade que procuramos?
Porque afinal estamos a viver... E hà alguma coisa mais importante do que viver?
Fumar um cigarro, e estar... apenas, estar...
Pensar e respirar.
É isto que é a vida...


...e muito mais.

terça-feira, 3 de março de 2009

...

secalhar não vale a pena a tristeza é apenas uma página virada que pode doer demais mas será que esta dor é verdadeira ou é apenas psicologica e prevista. esta dor que mora em mim nao descansa. a esperança é que me abriga. a tortura está por um triz mas nos aturamos e mostramo nos felizes... porque e que vivemos agarrados a coisas que nao existem a falsas alegrias e relações que nao passam de uma máscara para conseguirmos encarar o mundo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

NÃO SEI SER

Não sei escrever não sei ler não sei respirar não sei olhar não sei ajudar não sei dar não sei pedir não sei conseguir não sei lutar não sei viver não sei representar não sei mentir não sei falar não sei comer não sei rezar não sei ser genuina não sei ser eu não sei dizer não sei
não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei não sei .....

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Right Where you are sitting

Write ten things about whereyou are siting right now that you hadn't noticed when you sat down. Use your senses. Do it quickly. Do not censor. Okay, begin.


The aspects of things that are most important for us are hidden because of their simplicity and familirity. (one is unable to notice something- because it is always before one's eyes.)

Ludwig Wittgenstein

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Antígona

Tudo se desenrolará por si. É esta, afinal, a comodidade da tragédia: damos um pequeno toque para que as coisas comecem , um nada, apenas um olhar para uma rapariga que passa na rua e ergue os braços; um desejo de dignidade e de glória, numa manhã ao acordar como se se tratasse de algo que se come; uma pergunta a mais feita certa noite... É o suficiente. Depois basta deixar correr. Estamos tranquilos. Gira tudo só, com minúcia e precisão. A morte, a traição, o desespero estão lá à espera, e também os relâmpagos, as tempestades, os silêncios. Todos os silêncios: o silêncio que rodeia o carrasco, quando este erque o braço para o fim; o silêncio que rodeia dois amantes quando, pela primeira vez, surgem na sua nudez, um em frente do outro, sem ousarem dizer uma palavra; o silêncio... quando os gritos da multidão ressoam em redor do vencedor - dir-se-ia um filme ao qual suprimiram o som e que nos mostra um conjunto de bocas abertas, das quaisnada sai, como um clamor que não passa de simples imagem; e o vencedor, agora vencido, sozinho no meio do seu silêncio... É decente, a tragédia. É repousante, acertada... Na tragédia estamos tranquilos. Estamos, desde o início, em família! Numa palavra: estão todos inocentes! Não importa que haja um que mata e outro que morre. É apenas uma questão de distribuição. E, além disso, a tragédia é, sobretudo, repousante porque sabemos que não há lugar para a esperança, essa horrível esperança; quando se é apanhado, quando se é apanhado como um rato, com o peso do céu sobre as nossas costas, e só nos resta gritar - não gemer ou queixar-se - gritar a plenos pulmões o que se tem para dizer, o que nunca se disse e que, talvez, há momentos ainda não sabíamos que iríamos dizer. E para nada: para o dizermos a nós próprios. No drama debatemo-nos porque esperamos sair dele. É ignóbil, é utilitário, Na tragédia, tudo é gratuito. É para os reis. Enfim, não há nada a tentar!